quarta-feira, 4 de maio de 2016

DIREITOS DA PESSOA: VIDA COMO UM DOM

Essa é a segunda parte do estudo baseado no ensaio de Daniel Golebiewski sobre "Os valores tradicionais cristãos prefigurando o desenvolvimento dos direitos humanos". A primeira parte você confere na logo abaixo.


A compreensão cristã de qualquer direito humano começa com a criação de Deus. Ao contrário das criações anteriores, como dia e noite, água e terra, plantas e animais, em que pronunciava "Haja...", ao criar o ser humanos, Deus convida os céus a participar: "Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança", o que indica que algo especial tinha nesse ser. Na verdade, em vez de chamar sua criação humana de "boa", como faz com o resto de sua criação, Ele chama essa de "muito boa".

A partir desta história, os cristãos derivam dois significados: Em primeiro lugar e, acima de tudo, a vida humana é um dom da graça de Deus e, portanto, santa, prefigurando o artigo 3, do Direito a Vida da DUDH. Assim, o ser humano criado à imagem de Deus, é para ser "representante de Deus" na terra, deve agir com carinho e compaixão. Por ter uma dignidade inerente (palavras usada no preâmbulo da DUDH), aos olhos de Deus, o ser humano deve, não só respeitar o outro, mas também respeitar a santidade da vida humana; de outra forma, tratar uma pessoa como menor, é como (argumentando no sentido do valor cristão, que a vida é um dom de Deus, que vale a pena preservar), "cuspir na face de Deus". Bem como o "não matarás", os modernos selos da lei protegem a vida e os direitos de uma criança, adulto e idoso.
Em segundo lugar, os cristãos argumentam que os seres humanos têm direitos, não porque são parte da ordem natural, mas porque Deus os criou. Assim, os cristãos afirmam que os direitos humanos não podem ser justificados com base na lei natural, mas são aterrados em Deus. No entanto, também argumentam que, além da ordem criada por Deus, existe a sua própria e a dos outros. "Dignidade através da união de Deus com o ser humano Jesus Cristo, que ensina amar a todos os próximos". Em outras palavras, enquanto o Velho Testamento defende o valor da vida, o Novo Testamento e os ensinamentos de Jesus, acrescentam novas verdades a vida.

Por exemplo, ao vir ao mundo para que "[todo ser humano] tenha vida, e a tenha em abundância", Jesus passou o valor inerente dos indivíduos a seus próximos ao mudar seu grande mandamento: "Amarás o teu próximo, e odiarás teu inimigo", para o mandamento de amar a Deus e ao próximo, não relacionando fronteiras à sua aplicabilidade. Os cristãos devem amar a todas as pessoas, independentemente do retorno desse amor. Da mesma forma, Jesus ensina uma "Regra de Ouro" "em fazer pelos outros, o que gostaria que fizessem a você". No que diz respeito ao direito à vida, em suma, os cristãos acreditam que todos devem se opor a tortura e o tratamento desumano, também encontrado no artigo 5 da DUDH, com base na criação de Deus e nos ensinamentos de Jesus. 

Fonte: E-International Relations


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