quarta-feira, 23 de setembro de 2015

JOAO 3:16 - O QUE REALMENTE SABEMOS SOBRE ELE?


"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que de seu Filho unigênito para todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele" João 3:16-17.
É como se João 3:16 fosse a estrela do rock dos versículos da Bíblia. É como um vocalista de banda, cujo nome todo mundo conhece. Se fosse um cantor, só precisaria de um nome, como Madonna ou Cher. Sabemos o número do versículo por ele ser famoso.
Mas, talvez, como acontece com todas as celebridades, pensamos conhece-la por causa da imagem encontrada em nossos cérebros, que é onipresente, prima dos versículos. Mas, no final, talvez nenhum de nós realmente saibamos algo sobre João 3:16, como não sabemos sobre Cher. Exceto Chaz Bono (Filho Transexual de Cher). Chaz Bono pode saber muito sobre Cher.
Pergunto a vocês, o que vem em mente quando ouvem João 3:16?
É nítido que muita gente responderia amor. E haveria um punhado de pessoas que escreveria sobre a inclusão das pessoas LGBT com seu lindo arco-íris. Mas a grande maioria das pessoas falaria de exclusão, julgamento e da tirania de você nunca saber se tem a crença certa, na quantidade suficiente, a fim de ser salvo. Em outras palavras, por algum motivo, um verso sobre o amor de Deus é ouvido por muitos de nós como um verso sobre julgamento e, isso produz uma tremenda ansiedade e torna-se uma chatice.
Portanto, ofereço um breve, mas incrível entendimento alternativo sobre ele.
Então, primeiro uma sarcástica sinopse de Escola Dominical:
Basicamente Deus criou a nós e tudo o que existe, mas, por ter a primeira mulher comido algo que não deveria, ficamos parafusados por toda a eternidade. E já que nos encontramos terríveis perante a glória de Deus, Ele precisou nos punir. Mas aqui é onde vemos Jesus em Jesus... muitos de nós fomos informados ao longo da história de Jesus como o filho de Deus. E Ele só tinha um! Não sei se por problemas de fertilidade, talvez... mas o ponto é que Deus tinha esse garotinho... e amou muito essa criança... mas, Ele tinha que matar esse garoto, pois você roubou uma barra de chocolate, ou mentiu para sua mãe, ou disse palavrões ou mesmo olhou pornografia. O importante é saber que Deus matou seu filhinho ao invés de punir você, pois encaremos, alguém tinha que pagar e você deve sentir-se muito grato sobre tudo isso que você acredita e (mais importante) comportar-se. Mas a boa notícia é que se você realmente acredita em tudo isso e tentar realmente ser bom, então, quando morrer, receberá um pacote de férias com tudo incluso para a Vida Eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
OK, eu avisei, isso foi muito duro.
Não estou dizendo que todos e todas vocês carregam essa visão de Escola Dominical, mas para maioria de nós parece ser essa versão que entendemos quando ouvimos falar em João 3:16.
Mas honestamente preciso de algo bonito e não assustador.
Preciso de algo que não pareça tão baseado no medo para me controlar. Pois controle baseado apenas no medo soa como algo que pudesse depender apenas de mim, e eu preciso desesperadamente depender de Deus e não de mim.
Então, se você me der licença, gostaria de oferecer uma interpretação alternativa de João 3:16. Não é algo definitivo, é, apenas para nós hoje, como quem somos neste lugar e como são as pessoas. Desde que li o livro de Francis Spufford (Unapologetic: Why Despite Everthing, Christianity Can Still Make Surprising Emotional Sensesem) que fala de Deus como uma música de amor, não consegui afastar essa imagem. Aqui esta outra maneira de entender João 3:16:
No princípio Deus, fonte e fundamento de todo o ser, cria o universo através do som e auto-doação, e, como uma canção de amor faz tudo movimentar-se, dizendo: Faça-se a luz.
Deus amou o mundo de tal maneira que deu sua própria respiração para trazer a existência aquilo que não existia, e, em seguida, amou tanto esse mundo que soprou outra vez, respirando no pó para criar a humanidade. Através da poeira e do próprio sopro de amor divino fomos criados. À imagem do compositor fomos criados, e, também recebemos voz e linguagem, respiração e música.
A canção de amor da criação continuou, mas, nós, cuidamos de criar nossas próprias melodias em outro ritmo, em outra chave, em nossa própria escala.
Portanto, existem as canções de vida que tocam por toda a eternidade e canções temporárias suplentes geradas pelo homem. Com nossa própria respiração, linguagem, voz, e, ainda tendemos a criar nosso próprio ritmo e melodia. Canções que penso que vão me salvar, canções de dominação, violência, ganância e poder.
E assim, mais uma vez o sopro de Deus foi dado a nós... através do som e auto-doação: só que desta vez, o som interrompeu o dim do império romano. Desta vez, a canção do amor divino de Deus foi ouvida no choro de um bebê recém-nascido. Porque Deus amou o mundo de maneira tal que se auto doou na forma de uma criança. Foi uma coisa tão grande que os anjos cantaram fazendo um back up. As hostes celestes unidas na canção do amor divino interromperam nosso programa regularmente agendado de soldados, impostos e códigos de pureza.
Deus amou este mundo corrupto de impérios, vítimas e violência que auto se deu por nós. Deus amou tanto o mundo que veio da forma mais vulnerável e frágil possível. Deus amou tanto o mundo que criou um Deus que andou entre nós com amor.
Mas não nosso tipo de amor. Nosso amor é limitado pelo auto-interesse, biologia e tempo. Não, esse amor não leva em conta a opinião ou a história, mas insiste em ignorar informações que consideramos importante: os dados sobre valores, beleza e status.
Porque Deus amou o mundo. Deus deu-se na forma de Jesus pelos soldados, prostitutas, traidores, mães solteiras, presidiários, religiosos, LGBT etc. Jesus é como o conjunto mais nítido das letras, que veio para que pudéssemos ser salvos do barulho do pecado e da auto-preservação. De modo que nós não pereçamos. Mas devemos lembrar novamente da verdadeira batida, o ritmo real, as letras claras da canção da criação e da salvação que é a vida, e, que é eterna.
Aqueles que ouviram esta música começam a cantá-la para os outros e escreveram sobre estes hinos nos Evangelhos, e nós, talvez apenas por um momento, uma respiração tremula, podemos ouvi-los em nós mesmos e sabermos que é a vida, e que Ele esta aqui, sempre esteve e sempre estará. É a vida eterna que é para você. Não tente acreditar. Basta ouvi-lo. Afinal de contas, o irmão Martin Luther King disse uma vez: "uma pessoa se torna cristão, não pelo trabalho, mas pelo ouvir".
Porque é inevitável que se você vai junto, cantando a coisa errada, pensando que é bonita, começe a não mais ouvir a canção do amor de Deus. É oferecida tantas alternativas na vida que superam a canção de amor no ritmo de Deus. Outras músicas, outros gritos, outras canções... como as que nos dizem que estamos sozinhos ou a canção que nos impede de chegar em sua própria glória, uma canção de condenação que diz que não somos dignos de ser chamados de filhos e filhas de Deus - há na verdade, muitos ruídos que formam uma camada que abafam a voz mansa e delicada de nosso Senhor. Mas as coisas que abafam sua voz nunca duram muito tempo, as músicas concorrentes realmente não tem nenhuma consequência, elas nunca podem durar mais do que o que tem sido tocado desde o início dos tempos. Pois não são eternas e nem são vida.
Mas o que era desde o início o é neste exato momento e será para sempre, a canção do amor divino nos chama de volta. Uma e outra vez. Leva tempo para ouvir esta música, e, isso não é motivo de preocupação, mas de alegria.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que se deu por nós como Jesus, de modo que todos e todas que ouvem a música do que é real, verdadeiro e eterno vai saber que é a sua música e, que não pode ser tirada.
Nenhum dos nossos hinos alternativos podem competir com a verdade de Deus, e, em resposta a isto, o que podemos fazer é cair de joelhos em adoração!
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.

Fonte: www.patheos.com.

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